O Telescópio Orbital Hubble descobriu galáxias da época do “amanhecer cósmico”

O Telescópio Orbital Hubble descobriu galáxias da época do “amanhecer cósmico”

Graças às suas características técnicas, o telescópio Hubble mostrou a imagem mais profunda do universo. Como resultado, os cientistas conseguiram detectar as primeiras galáxias que apareceram apenas algumas centenas de milhões de anos após o Big Bang.

Um grupo internacional de astrônomos que possui esta descoberta também confirma que essas minúsculas galáxias primordiais se formaram apenas 600 milhões de anos após o surgimento do universo. Eles desempenharam um papel significativo na formação do cosmos, contribuindo para a purificação do Universo do nevoeiro de hidrogênio e, assim, tornando o espaço exterior transparente aos raios ultravioleta.

Essas primeiras galáxias nos permitem olhar para o Universo com muito cuidado e meticulosamente no final do misterioso período de reionização, que supostamente terminou 700 milhões de anos após a Explosão Universal.

Imagens sensacionais dessas galáxias distantes foram obtidas devido a um fenômeno como a “Lente Gravitacional”, que é formada com a ajuda de aglomerados galácticos massivos.

"Estas são as menores e mais escuras galáxias que já foram observadas através do telescópio Hubble", diz o astrônomo Johan Richard, cientista do Observatório de Lyon, na França. A observação de galáxias anteriormente invisíveis foi possível graças ao programa de campos de fronteira, no qual o Hubble trabalha e no qual uma “lente gravitacional” é usada, o que aumenta as capacidades do telescópio. Geralmente as galáxias distantes são visíveis apenas como linhas, em casos raros como círculos, por exemplo, anéis de Einstein, nos quais a luz galáctica é fechada em torno de um aglomerado galáctico.

"Aglomerados galácticos nos campos de fronteira atuam como poderosos telescópios naturais e, assim, ajudam a detectar as galáxias anãs opacas que antes eram invisíveis", acrescenta o co-autor do estudo, Jean-Paul Kneib, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça.

Embora esta descoberta revolucionária tenha ocorrido há 25 anos, desde o lançamento do Hubble em 1990, ainda abre novos horizontes para a pesquisa.

"O telescópio Hubble permanece insuperável em sua capacidade de" ver "as galáxias mais distantes. A profundidade absoluta de seus campos de fronteira dá uma imagem muito precisa dos aglomerados galácticos, o que nos permite continuar fazendo descobertas semelhantes", conclui Mathilde Jozach, astrônoma da Universidade de Durham, no Reino Unido. Universidade de KwaZulu-Natal, África do Sul.

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