A vida pode existir na lua gelada de Júpiter?

A vida pode existir na lua gelada de Júpiter?

satélite de gelo de Júpiter Europa - o principal objetivo da pesquisa no campo da astrobiologia. O fato é que o objeto tem um possível habitat. Sob a crosta gelada de 10 quilômetros encontra-se um oceano líquido de água, cuja profundidade atinge mais de 100 km. O contato gravitacional do satélite e do planeta cria energia que mantém a água do oceano aquecida.

Cientistas brasileiros decidiram realizar um novo estudo para avaliar a probabilidade de sobrevivência microbiana na Europa. Para fazer isso, consideramos vários efeitos de uma fonte de energia biologicamente útil, com foco em um ambiente similar na Terra. A África foi usada como alvo.

Na África do Sul existe a mina de ouro Mponeng (distrito de Joanesburgo). A uma profundidade de 2,8 km, os cientistas encontraram traços de grandes mudanças relacionadas à história da vida na Terra. Eles também notaram que a bactéria Candidatus desulforudis audaxviator pode sobreviver dentro sem luz solar, usando radiólise de água. A água na mina se move através de rachaduras contendo urânio radioativo. Este último destrói as moléculas de água, obtendo radicais livres (H +, OH- e outros). Eles atacam as rochas circundantes, especialmente pirita (FeS 2), criando sulfato. Bactérias usá-lo para a síntese. Esta é a primeira vez para encontrar um ecossistema que sobreviva devido à energia nuclear. Além disso, este ambiente corresponde ao que está presente na Europa.

A temperatura na superfície do satélite está se aproximando do zero absoluto, mas o núcleo tem um enorme estoque de energia térmica (a Europa está em contato com Júpiter por gravidade). Isto leva a deformação geométrica e aquecimento do oceano.

Mas esse processo não é suficiente. Os pesquisadores acreditam que a atividade biológica é baseada em diferenças nas concentrações de moléculas, íons ou elétrons em certas áreas. Eles criam um fluxo em uma certa direção, o que permite selecionar os processos peculiares aos seres vivos. As fontes hidrotermais são o cenário mais plausível para o surgimento da vida terrestre.

Condições na Europa

O desequilíbrio químico no satélite poderia ter surgido devido à emanação da água, o que levou a reações em cadeia entre a água e elementos químicos fixados no córtex da Europa. Mas esses argumentos carecem de apoio empírico. Portanto, decidiu-se que o efeito poderia ser uma conseqüência da ação da radioatividade.

Corpos em nosso sistema com núcleos pedregosos possuem materiais radioativos semelhantes lançados por supernovas no espaço durante uma explosão. Os cientistas estudaram as concentrações de urânio, tório e potássio na Europa, comparando dados com meteoritos na Terra e em Marte.

A pesquisa mostrou que a pirite é o componente mais importante da vida na Europa. Talvez traços de pirita devam ser considerados como parte de qualquer avaliação da habitabilidade de um corpo celeste. Portanto, o oceano da Europa oferece excelentes condições para a existência de uma vida primitiva que esteve presente na Terra nos primeiros bilhões de anos. Então o estudo do satélite de Júpiter permite que você olhe para o análogo do passado do nosso planeta e, talvez, para encontrar a vida.

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