Um antigo aglomerado

foi encontrado na borda da Via Láctea

Um antigo aglomerado

Astrônomos do Brasil descobriram um aglomerado de estrelas que se formou na borda da Via Láctea.

Isso é incomum, pois acredita-se que as estrelas geralmente se formam mais perto do centro da nossa galáxia espiral, e não em seus braços em espiral, que estão localizados a milhares de anos-luz da Terra. Esses dois aglomerados de estrelas, chamados Camargo 438 e 439, foram vistos em uma nuvem na borda da galáxia.

Denilso Camargo, astrônomo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Porto Alegre, Brasil, liderou a equipe que analisou dados do observatório orbital da NASA Wide-Field Infrared Survey Explorer (WISE). Eles se concentraram em densos coágulos de gás, as chamadas nuvens moleculares gigantes (GMOs), nas quais, como você sabe, estrelas são formadas. Os OGMs estão localizados principalmente na parte interna do disco galáctico. Novos aglomerados estelares estão a cerca de 16.000 anos-luz do disco principal da Via Láctea. Como eles foram formados lá? Os cientistas ainda não têm certeza, mas Camargo apresentou duas teorias segundo as quais isso aconteceu.

De acordo com a primeira teoria, supernovas poderiam rejeitar gás e poeira, que mais tarde se instalaram em uma nuvem nos arredores da Via Láctea. De acordo com o segundo, o material chegou até nós de fora da galáxia.

"Nosso trabalho mostra que o espaço ao redor das galáxias não é tão vazio", disse Camargo. "Esses aglomerados de estrelas são realmente exóticos".

A equipe de Camargo publicou suas descobertas no Monthly Notices da Royal Astronomical Society.

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