Novo modelo para colidir estrelas: o que acontece após o impacto

Novo modelo para colidir estrelas: o que acontece após o impacto

Visão artística da colisão de duas estrelas de nêutrons. Um pesquisador americano criou uma simulação em 3D que permite que você analise melhor o que acontece após o impacto.

O novo modelo de computador tridimensional fornece detalhes sem precedentes das consequências da colisão de duas estrelas de nêutrons. Ele permite que você entenda melhor como alguns dos elementos fundamentais (ouro e chumbo) do Universo são formados em colisões cósmicas.

Os cientistas pela primeira vez conseguiram ver um raio gama explodir da colisão de duas estrelas de nêutrons, o que nos permite calcular a massa de estrelas de nêutrons e até mesmo confirmar a rapidez com que o Universo está se expandindo. Estrelas de nêutrons são os objetos menores e mais densos, que conseguem atingir o tamanho de uma cidade com massa solar. Em uma colisão, eles se fundem em um flash de luz e estilhaços.

Até agora, não foi possível criar um modelo de computador suficientemente complexo para explicar onde todo esse material termina. No entanto, o novo modelo mostra que o disco de acreção libera duas vezes mais material em velocidades mais altas do que os modelos bidimensionais anteriores.

Novo modelo para colidir estrelas: o que acontece após o impacto

A seção transversal do modelo de duas estrelas de nêutrons colidindo mostra um disco de acreção (vermelho) ao redor do buraco negro central. Jato astrofísico - funil azul acima e abaixo do buraco negro

É claro que novos resultados não eliminam completamente as disputas, mas obtemos números mais precisos. O modelo também possibilitou levar em consideração outro método de ejeção de substâncias em uma colisão: uma pluma estreita de partículas e radiação formadas no jato astrofísico, que voou quase à velocidade da luz. Acredita-se que o jato atue como uma fonte de explosão de raios gama.

Criar um modelo 3D é uma tarefa difícil. Um evento de colisão de estrelas de nêutrons dura apenas um milissegundo, e um disco de acréscimo dura alguns segundos. Mas a formação inclui física complexa e uma infinidade de processos físicos que ocorrem simultaneamente. Especialmente difícil de lidar com o campo magnético. Os cientistas conhecem a equação que descreve esse processo, mas o 3D não pode ser feito aqui. Como resultado, é necessário não apenas executar a simulação por um longo tempo, mas também modelá-la em três dimensões, o que é caro.

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