Vamos voltar ao passado recente. 3 de agosto de 1998, Boulder (Colorado). Horas pregadas ao meio-dia, mas está escuro lá fora. Uma nuvem densa engrossou em cima, cobrindo o chão por 30 minutos. Os radiômetros mostravam níveis extremamente baixos de luz recebida. Os cientistas estão tão interessados nesse incidente que, em 2017, decidiram explorar um eclipse solar para entender melhor o sistema energético da Terra.
O próximo evento de um eclipse solar total é esperado em 21 de agosto. A equipe vai modelar o processo em um programa de computador avançado. Se tudo acabar bem, então poderemos melhorar as estimativas da quantidade de energia solar que entra na Terra e entender o princípio de regular o sistema pelas nuvens.
Uma câmera EPIC criará imagens semelhantes a esta de Lagrange 1 a uma distância de um milhão de milhas do planeta.
O sistema de energia da Terra está em constante movimento para manter um equilíbrio entre os raios solares entrantes e a saída do planeta. As nuvens desempenham um papel crucial aqui.
A lua na hora do eclipse lançará uma enorme sombra. A equipe já conhece as dimensões e as propriedades de bloqueio de luz do satélite, mas o equipamento terrestre e espacial ajudará a determinar exatamente como a sombra afeta o objeto da luz solar recebida.
Anteriormente, os cientistas realizaram medições atmosféricas em larga escala durante os eclipses, mas esta é a primeira vez que eles vão conectar a tecnologia terrestre e espacial. No experimento, eles simulam um eclipse solar total em um modelo tridimensional do transporte de raios. Esta foto mostrará exatamente como a energia se espalha pela terra. Modelos modernos exibem nuvens em uma dimensão. Mas para resultados mais precisos, você precisa de uma aparência 3D. A diferença deles é que na versão tridimensional você pode ver e calcular as várias direções nas quais as nuvens dispersam a luz que chega. Os resultados afetarão modelos climáticos e indicadores do orçamento de energia do planeta.
Durante o eclipse, as medições terrestres serão realizadas em Casper, Wyoming e Colômbia.
O espectrômetro Pandora irá monitorar cada comprimento de onda da luz, e o piranômetro medirá a quantidade total de energia solar em todas as direções. Antes e depois do evento, os cientistas também calcularão a quantidade de microelementos absorvidos na atmosfera.
No espaço, o evento será seguido por uma câmera EPIC no navio DSCOVR, além de câmeras dos satélites Terra e Aqua. Este estudo será outro passo no trabalho de 30 anos da NASA para medir a energia solar que entra na atmosfera superior e o recuo planetário para o espaço.
No outono, o TSIS-1 na ISS e o sexto instrumento CERES para análise da radiação solar estão planejados para serem lançados para um estudo mais aprofundado.