Rovers viajam na escuridão de Tenerife

Rovers viajam na escuridão de Tenerife

RAT RAT no fundo da paisagem noturna

Dois veículos da Agência Espacial Européia deslizaram pela superfície de Tenerife, lembrando o território lunar, coletando terabytes de dados para análise.

Duas equipes participaram dos testes. Estes são o Laboratório Robótico Planetário da ESA com um aparelho HDPR e engenheiros da GMV (Espanha) com o rover RAT.

Até este ponto, todo o equipamento foi testado à luz do dia. Mas a missão pretendida se concentrará nas regiões polares da lua, onde as condições de iluminação se tornam mais complexas. Devido à sua alta latitude, o Sol estará baixo no horizonte, criando longas sombras, e crateras profundas não verão um único raio (elas podem esconder gelo de água e outras substâncias voláteis congeladas).

É claro que a operação da tecnologia multimilionária, controlada pelo console na escuridão total, causa um sério nervosismo na equipe. Portanto, eles estão tentando encontrar as melhores maneiras de navegar.

Rovers viajam na escuridão de Tenerife

HDR Rover e Luna

Os operadores da RAT mudaram vários parâmetros do sensor. E no HDPR, eles usaram todos os dispositivos para coleta de dados. Os sensores incluem câmeras estéreo com lâmpadas noturnas, câmeras de longo alcance, sensores de guiamento e instrumentos de medição inerciais.

Os testes foram realizados no Parque Nacional do Teide. Em torno dele é um monte de terreno rochoso, mas este território permite manobras e se assemelha perfeitamente às condições lunares. Os veículos superaram mais de 13 km.

Rovers viajam na escuridão de Tenerife

Dois rovers da ESA durante um teste em Tenerife em junho de 2017. Ambas possuem instalações de iluminação de 200 W

Os testes começaram no período da tarde para provar que os rovers são capazes de lidar com as condições usuais e navegar com a ajuda de GPS e um veículo aéreo não tripulado. A segunda parte veio em uma viagem noturna.

Os cientistas não apenas coletaram dados, mas também testaram algoritmos de navegação. No último dia, o HDPR permitiu a navegação autônoma, graças à qual o rover demonstrou que era capaz de se controlar de forma independente.

A lua está localizada perto, então não há problema com a orientação na distância, embora haja um pequeno atraso. No caso de Marte, isso causa dificuldades, de modo que os veículos marcianos estão funcionando de acordo com os comandos previamente estabelecidos.

Rovers viajam na escuridão de Tenerife

Rover planetário ESA em movimento em alta velocidade

Mas este é um processo lento, portanto, há necessidade de auto-navegação para futuras missões a grandes distâncias. O problema é que estradas familiares não são construídas em terrenos desconhecidos, de modo que a rota é desenvolvida com base em observações orbitais e imagens. Os cientistas planejam em setembro realizar outro teste em Las Minas de San José.

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