O centro da galáxia revela os segredos da Via Láctea

O centro da galáxia revela os segredos da Via Láctea

A espaçonave para uso científico "Spitzer", projetada para observar o espaço na faixa de infravermelho, permitiu que os especialistas da NASA olhassem para o centro da Via Láctea e trouxessem uma compreensão mais próxima das causas e evolução de nossa galáxia.

Os cientistas estão encontrando novas evidências para a existência de um centro de galáxias escondido dentro das mangas da Via Láctea. Esses dados nos permitem simular a aparência da nossa galáxia.

Em 2013, os pesquisadores primeiro sugeriram que os longos e densos aglomerados de gás (mangas) que se formam dentro da estrutura espiral da Via Láctea criam uma espécie de centro galáctico. Uma dessas mangas “centrais” é conhecida como “Nessie”.

Nova pesquisa apresentada na 225ª Conferência da American Astronomical Society, prova que “Nessie” não é o único braço central. Kathryn Zucker, uma física da Universidade da Virgínia, descobriu que outros seis candidatos potenciais eram considerados os braços centrais da galáxia.

O estudo dos processos que ocorrem dentro da Via Láctea está repleto de dificuldades. O principal deles é a impossibilidade de uma compreensão clara do que a galáxia parece fora, fora de seus limites. A Via Láctea é uma galáxia espiral que consiste em vários ramos (braços) que emanam de seu centro e fluem em espiral.

O centro da galáxia revela os segredos da Via Láctea

Estrutura da Via Láctea. Vista superior

Esses braços espirais se envolvem em um plano plano, de modo que a galáxia parece uma panqueca em uma chapa: quando vista de um lado, é um disco, mas quando vista do outro, é uma linha reta. A terra está dentro dessa "panqueca", do lado de fora do disco. Pode-se argumentar que fora da Via Láctea, nossa galáxia parece uma faixa brilhante no meio do céu noturno. O sol e a Terra estão localizados logo acima do plano galáctico, dando aos cientistas a oportunidade de estudar estruturas e objetos galácticos maiores (os pesquisadores parecem uma criança sentada nos ombros de um adulto e vendo uma multidão na frente e atrás deles). Os cientistas foram capazes de identificar a maioria dos braços espirais que compõem a galáxia, mas ainda argumentam sobre a localização exata desses galhos, bem como a localização dos braços menores que emanam dos braços centrais. Mas mesmo aquelas mangas que os cientistas conseguiram identificar - aglomerados de nuvens de gás longos, finos e de alta densidade, descobertos pela análise da luz absorvida por eles - ajudam a imaginar aproximadamente como é a Via Láctea do lado de fora.

"Esta é realmente uma nova área de estudo", disse C. Zucker durante a reunião da AAC em Seattle, onde ela apresentou seu modelo do centro de nossa galáxia. Quando K. Zucker começou sua pesquisa, a nuvem de gás conhecida como Nessie era o único objeto desse tipo encontrado e o único candidato para o papel do centro. "Eu tentei provar em minha pesquisa que o ramo Nessie não é a única coisa - que existem outras estruturas semelhantes que nos permitem estudar a estrutura da galáxia."

Pesquisa K. Zucker começou com o estudo de fotografias da galáxia, feitas por vários telescópios, incluindo "Spitzer". Como resultado da análise, ela conseguiu detectar 15 aglomerados de gás longos e finos que podem formar o centro da galáxia. Também foram identificados 6 critérios principais inerentes ao centro da galáxia. Por exemplo, deve ser predominantemente paralelo ao plano da galáxia e ser conectado com o famoso braço em espiral, “Nessie”, passando pela Manga dos Centaurus, uma das maiores da galáxia. O centro procurado também deve ser 50 vezes maior que Nessie e mais de 300 vezes mais distante dele.

Durante o estudo, K. Zucker também foi importante para garantir que ela visse uma única manga, e não várias, sobrepostas umas às outras no ponto de observação (observação). De todos os ramos estudados, foram identificados 10 candidatos para o papel de central, correspondendo aos critérios de busca. O pesquisador apresentou suas conclusões na apresentação do “Nessie” não é único - existem outras ”. K. Zucker chamou a atenção para o outro braço chamado “Fio 5”, que também pode ser um elemento central da estrutura da galáxia e que está localizado na manga Centauri, mas no lado oposto do disco galáctico. Ainda há um debate sobre a localização exata da manga Centaurus.

Em última análise, a pesquisa nessa direção ajudará a criar um esboço dos principais elementos estruturais da Via Láctea e permitirá aos cientistas determinar a aparência da galáxia sem sair do planeta.

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