Sem resfriamento global. O que prepara o sol para o clima da Terra?

Sem resfriamento global. O que prepara o sol para o clima da Terra?

A imagem mostra várias manchas grandes impressas pelo NASA Solar Dynamics Observatory. Valores mais altos se correlacionam com maior atividade solar.

Um novo estudo sugere que não temos que confiar no enfraquecimento da atividade solar, o que não ajuda a resolver o problema com as mudanças climáticas da Terra. A atividade solar está aumentando e diminuindo ao longo dos ciclos de 11 anos, que os pesquisadores vêm acompanhando há séculos. Elas marcam cuidadosamente as manchas solares - porções escuras e magnetoativas do Sol, que provocam ejeções de massa coronal (CME).

Variações da atividade solar afetam a Terra. Por exemplo, os CMEs poderosos que colidem com o nosso planeta são capazes de criar fortes tempestades geomagnéticas que destroem as comunicações via satélite e as redes elétricas. Ciclos solares altamente ativos levam a CMEs mais poderosos e a grandes tempestades.

Mudanças também afetam o clima. Alguns estudos atribuíram grandes erupções solares à redução da formação de nuvens, mostrando quanta radiação é absorvida pelo planeta e quanto está lutando para o espaço. Existem aqueles que acreditam que a redução da atividade solar (mínimo Maunder) levou à Pequena Idade do Gelo. Este período expôs a Europa e a América do Norte a invernos mais frios e começou de 1300 até meados do século XIX. Mas o impacto potencial da atividade solar no período glacial ainda está em discussão, já que as razões exatas ainda não foram encontradas. Os últimos ciclos do Sol mostram uma diminuição na atividade, e o último (Solar 24) foi o menor em um século. Isso levou alguns a acreditar que poderíamos mergulhar o outro lado do baixo Maunder e eliminar algumas das piores conseqüências do aquecimento global.

No entanto, este cenário provavelmente não acontecerá na próxima década. Em um estudo recente, os cientistas desenvolveram uma nova maneira de modelar a atividade solar ao longo de séculos. A abordagem inclui modelos da evolução do campo magnético na superfície do Sol e no interior.

Essa modelagem é bem combinada com a atividade solar real estudada nos últimos 100 anos. Assim, foi possível fazer previsões para o próximo 25º ciclo. Acredita-se que começará em um ano e atingirá um pico em 2024. O modelo mostra que o 25º ciclo será semelhante ao 24º ou ligeiramente superior. Isto é, nenhum resfriamento é esperado. Os cientistas continuarão a ajustar o modelo para obter previsões mais claras. Devemos entender o comportamento solar, porque depende da existência da vida na Terra.

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