Precisamos de uma rede inteira para procurar vida extraterrestre

Precisamos de uma rede inteira para procurar vida extraterrestre

Alguns pesquisadores acreditam que devemos expandir a busca por vida extraterrestre fora do nosso sistema solar.

"Cientistas que examinam a atmosfera de exoplanetas à procura de gases capazes de suportar a vida procuram muito mais do que apenas oxigênio, metano e outros atributos biológicos conhecidos", disseram Sarah Seager e William Bein, do MIT, em um artigo de revisão publicado em 6 de março. Avanços

“Sabemos que não haverá um grande número de planetas aceitáveis”, relatou Seeger por e-mail. "Queremos ter certeza de que não perderemos um único traço biológico, mas precisamos pensar fora da caixa. O oxigênio é um sinal de vida aqui na Terra, mas quais são as chances de que ele esteja presente nos exoplanetas?"

Até hoje, os cientistas descobriram mais de 1.800 planetas alienígenas, muitos dos quais são muito diferentes dos mundos do nosso sistema solar.

"É incrível que o tipo mais comum de planetas em nossa galáxia seja o tipo de planetas que variam em tamanho, da Terra a Netuno. Esses planetas não são planetas do tipo Terra ou gigantes gasosos e para eles não temos teoria de formação", escreveu Seager e Bane.

Precisamos de uma rede inteira para procurar vida extraterrestre

A variedade de exoplanetas aumenta a possibilidade real de que a vida alienígena possa ser completamente diferente da vida terrestre, mesmo que ela habite um mundo semelhante ao nosso. Por exemplo, o que poderia ser a vida em um planeta em que a atmosfera é dominada por hidrogênio molecular em vez de nitrogênio e oxigênio?

"Embora esses planetas ainda não tenham sido observados, a teoria sugere sua existência", escreveram Seager e Baine.

Com base nessa lógica, os pesquisadores defendem uma abordagem aberta a fim de primeiro identificar todas as características biológicas viáveis ​​por meio de um estudo sistemático e abrangente.

"A meta de curto prazo é entender quais moléculas podem ser características biológicas em atmosferas de exoplanetas. Uma tabela sistemática de produtos químicos capazes de suportar a vida dará um ponto de partida para prever quais moléculas são estáveis, voláteis e que podem ser detectadas remotamente usando telescópios espaciais" - acrescentou Seager e Bane.

Para um projeto tão complexo, provavelmente levará anos. Mas os cientistas já começaram a investigar as atmosferas dos exoplanetas, usando ferramentas como o telescópio do Very Southern Telescope do European Southern Observatory no Chile. Em um futuro próximo, a busca será reforçada graças ao lançamento do telescópio Sati, da Transiting Exoplanet, da NASA, em 2017, e do telescópio espacial James Webb, em 2018. O primeiro terá que descobrir um número de planetas rochosos próximos e o segundo explorará sua atmosfera.

Telescópios massivos baseados em terra, como o Telescópio Gigante de Magalhães, o Telescópio de Trinta Metros e o Telescópio Europeu Extremamente Grande, que têm uma superfície de emissão de luz de 24 metros, 30 metros e 39 metros, respectivamente, devem aumentar as chances de busca.

Mas Seager e muitos outros especialistas dizem que é necessário um telescópio espacial com um espelho de 10 a 12 m para procurar sinais biológicos, e que tal ferramenta pode potencialmente analisar um número suficiente de exoplanetas para tirar algumas conclusões.

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