Dois bilhões de anos atrás, uma imensa pedra espacial (10 km) colidiu com uma pedra perto de um lugar chamado Sudbury. Agora, pesquisadores das universidades de Western e Portsmouth estão examinando os detalhes do impacto usando a tecnologia de medição de cristais circundantes.
Essa é uma nova técnica que pode determinar a data do impacto. Mas estes são apenas os primeiros passos, pois numa compreensão mais detalhada é possível revelar o tempo exato da aparência da vida, tanto no nosso planeta quanto, possivelmente, nos outros.
Percebemos que isso não poderia acontecer enquanto a superfície periodicamente sucumbiu ao ataque de meteoritos nos primeiros anos de nosso sistema. Portanto, é importante entender quando eles pararam, o que ajudará a entender como chegamos aqui e de onde viemos.
Os cientistas aplicaram novos métodos de visualização para calcular a nanoestrutura atômica de cristais antigos no campo de impacto. A análise começou a ser realizada na cratera de Sudbury (largura - 150 km). As ondas de choque deformam os minerais, incluindo pequenos cristais que encerram vestígios de urânio radioativo e chumbo. Eles podem ser usados como relógios miniatura para medir uma escala de tempo geológica.
Para este propósito, foram utilizadas ferramentas especializadas do Laboratório Ocidental Zircon, ZAPLab e uma sonda atômica da CAMECA. Este último é capaz de cortar e levantar as minúsculas camadas de badelelite de cristal, comuns em rochas e meteoritos terrestres, lunares e marcianos.
Depois disso, os pesquisadores mediram a tensão nos cristais e removeram as camadas, até que os átomos e os isótopos fossem identificados. Como resultado, obtemos um modelo tridimensional de átomos e um mapa de sua localização. Este método tem um grande potencial porque é a cronologia exata da formação e evolução das crostas planetárias.